Já mais de 30 anos tinham passado depois da perda daquilo a que chamamos o amor de uma vida.
Já mais de 30 anos, lá ia o último beijo que lhe consegui roubar, o último abraço que recebi, a última fotografia que tirei mesmo por obrigação, já lá vão mais de 30 anos que amei com alma e coração, e depois desses 30 anos ainda sinto, mesmo com a distância que não tem fim e nos separa.
Foi o amor à primeira vista, que fez com que todos os dias levasse os animais ao pasto com vontade, e fosse buscar água ao rio com toda a força para poder admirar pelo menos de longe os seus longos cabelos castanhos, o seu tom de pele claro, as suas mãos a tocar gentilmente a água, o seu doce olhar, os seus lábios em tons rosa natural, tudo isto não era atracção, era amor.
Depois da amizade que criamos, os segredos partilhados, as palavras sentidas e as não sentidas, passamos para o desvario dos beijos, os mimos, o toque das nossas mãos, o calor da nossa pele enquanto nos enrolávamos à luz da lua… A paixão começou assim…
Hoje em dia, vivo na saudade e na ânsia de voltar abraça-la!
A saudade de sorrir ao lado dela, de correr pelos prados verdes, de subir o monte para contar as estrelas que nos iluminavam todas as noites, de poder olhar-lhe nos olhos, dar-lhe a mão e sentir que nunca mais nos íamos largar, de ama-la dos cabelos aos pés, de fazer amor como se não houvesse amanhã, senti-la, fazer sentir-me, ficar junto dela…
A vida pacata que tínhamos, a união perante Deus, foi mágico, lindo e único… A loucura de saber da existência do primeiro ser que tínhamos “feito” juntos, da barriga crescer assim como o sol a nascer, dos momentos de conforto, de riso, e choro…
Tudo era tão perfeito, criamos a nossa vida juntos, filhos juntos… Os meus olhos brilham só de lembrar da alegria que existia mesmo quando havia chuva, das crianças correrem, brincarem, saltarem, e tão depressa dei por mim com eles grandes, um homem e uma mulher, que seguiram diferentes destinos mas com o fundo fixo “nos”.
Esse “nos” em pouco tempo, tornou-se simplesmente em “eu” … O “nos” começou a desaparecer… Não havia esperança, não houve tempo, ela desapareceu… Estive lá, não abandonei, não consegui, fui ao teu fim, estive lá… no momento em que ela respirou fundo, sorriu, e fechou os olhos… estive lá… para lhe dar um beijo…
As lágrimas correram, a dor começou, a luz que nos iluminava apagou…
Hoje sei que vivi uma vida, que fui feliz, e agora só me resta esperar que volte a abraça-la como da primeira vez, e nunca mais a largar… Hoje sei que ela será uma dessas tantas estrelas que iluminam todos os dias o céu infinito…
Hoje sei, que a saudade é o amor que fica…
:O , que textão Li , quero um amor assim, nem que seja de 5minutos !
ResponderEliminarEu não gosto dos meus textos, são poucos os que gosto !
Aiiii, que linda história, triste mas linda. :')
ResponderEliminarAdorei. Acho que vou começar a seguir o blog, pois acho que de onde este texto veio há mais :)
Continua a postar :D
Beijo :*
"Hoje sei, que a saudade é o amor que fica…"
ResponderEliminarAdorei o texto, transmitiste muito bem a simplicidade do amor...
não digas barbaridades !
ResponderEliminarEscreves muito bem sim :)
Hoje sei, que a saudade é o amor que fica…
ResponderEliminarrealmente... :O
adorei o texto :)
beijito*
O primeiro texto, sobre o excerto da música de mariza, adorei. É uma excelente música sem dúvida. Quanto a esta história, soa-me a uma dor incontrolável que julgo nem o tempo conseguir amenizar. No entanto é bonita, sincera e assenta bem nos ideais de quem ama e gosta de ser amado.
ResponderEliminarAdorei, vou-te seguir.
Beijo do tamanho do mundo